Pública

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Long Plays 00:00 Tools
Casa Abandonada 00:00 Tools
Lugar Qualquer 00:00 Tools
Nem Sinal 00:00 Tools
Tuas Fotos 00:00 Tools
Polaris 00:00 Tools
Precipício 00:00 Tools
bicicleta 00:00 Tools
Tempo 00:00 Tools
Quarto das Armas 00:00 Tools
1996 00:00 Tools
Das Falsas Intenções 00:00 Tools
Sobre a Estrada 00:00 Tools
Como Num Filme Sem um Fim 00:00 Tools
Canção de Exílio 00:00 Tools
Há Dez Anos ou Mais 00:00 Tools
Sessão da Tarde 00:00 Tools
Raymond 00:00 Tools
vozes 00:00 Tools
Último Andar 00:00 Tools
Justiceiro 00:00 Tools
Luzes 00:00 Tools
Alone, Together 00:00 Tools
Corpo Fechado 00:00 Tools
Pouca Estrada Pra Cedo Envelhecer 00:00 Tools
DAS COISAS QUE EU NÃO FUI 00:00 Tools
Cartas de Guerra 00:00 Tools
O Homem 00:00 Tools
Lembre Que Eu Me Lembro 00:00 Tools
John 00:00 Tools
Jazzmine 00:00 Tools
Apagar das Luzes 00:00 Tools
Silenciou 00:00 Tools
Não Há Outro Caminho 00:00 Tools
Por Que É Tão Difícil Esquecer? 00:00 Tools
Pássaros Negros 00:00 Tools
Despedida 00:00 Tools
A Cidade dos Meus Sonhos 00:00 Tools
Mesma História 00:00 Tools
O Último a Dizer 00:00 Tools
Homem Só 00:00 Tools
rua sem cor 00:00 Tools
Mas a Noite Vem 00:00 Tools
Coisas da Vida 00:00 Tools
27 & 33 00:00 Tools
Das Coisas Que Eu Não Fui 00:00 Tools
Long Plays - Indicado ao VMB 2007 00:00 Tools
Um Lugar 00:00 Tools
Plays 00:00 Tools
Não Há Outro Caminho 00:00 Tools
06. John 00:00 Tools
Quarto Das Almas 00:00 Tools
10Anos_PM 00:00 Tools
Casa Abandonada - Indicado VMB 2009 Melhor Clipe 00:00 Tools
publica_07__long_plays 00:00 Tools
Pública - Casa Abandonada 00:00 Tools
publica_02__precipicio 00:00 Tools
Há Dez Anos Ou Mais (Acústica) 00:00 Tools
publica_05__polaris 00:00 Tools
01. Das Coisas Que Eu Não Fui 00:00 Tools
08. Não Há Outro Caminho 00:00 Tools
publica-quartoDasAlmas 00:00 Tools
Nao Ha Outro Caminho 00:00 Tools
Publica - Long Plays 00:00 Tools
Publica_Long Plays 00:00 Tools
Lembre Que Eu Lembro 00:00 Tools
Long Play 00:00 Tools
Publica_Polaris 00:00 Tools
Cancao de exilio 00:00 Tools
long-plays 00:00 Tools
Pública - Long Plays 00:00 Tools
Sessao Da Tarde 00:00 Tools
[Pública] - o último a dizer 00:00 Tools
Publica_Precipicio 00:00 Tools
[Pública] - lugar qualquer 00:00 Tools
27 33 00:00 Tools
05._Polaris 00:00 Tools
[Pública] - bicicleta 00:00 Tools
02._Precipício 00:00 Tools
[Pública] - tuas fotos 00:00 Tools
05 - Polaris 00:00 Tools
A Casa Abandonada 00:00 Tools
Pública 00:00 Tools
Pública - 01 - tuas fotos 00:00 Tools
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De tempos em tempos, a cena rock de uma cidade é acometida por espasmos de criatividade e identidade coletiva. Em Porto Alegre, o último grande espasmo aconteceu por volta de 2002, quando o efeito Strokes começou a bater forte na mente da galera que tinha entre 15 e 18 anos. Surgiu então uma movimentação forjada sobre o novo jeito de tocar e pensar rock (internet, mp3, instantaneidade, influência dos 80, de Nova Iorque e dos mods). Bandas e festas antenadas com o que estava rolando não demoraram a aparecer. A Pública é um dos melhores frutos dessa geração. Enquanto muitos se perderam no caminho, a Pública (como a Superguidis, da mesma nascente) conseguiu o mais difícil: criou uma identidade e um público próprios a partir de um contexto não só local, mas mundial. Seu primeiro disco, Polaris, é uma das melhores cartas de intenções do rock gaúcho dos últimos tempos, uma carta que já vem com promessas cumpridas, com itens "a fazer" já riscados. Polaris é também um álbum de sítio e de dedicação: a banda se isolou longe da capital para as gravações, o que provavelmente contribui para a coesão do som. O único elemento adicionado fora do cenário campeiro foi o piano de calda Steinway, gravado no Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Sentiu qual é o nível de comprometimento da parada? O segredo da Pública para se sobressair dos incontáveis mods & strokes que os rodeiam foi buscar elementos diferenciais na vida urbana de Porto Alegre e no Britpop. O portoalegrismo não é tão explícito, mas sua atmosfera permeia melodias e letras. A influência inglesa é parte importante da liga musical e vem tanto do primeiro disco do Stone Roses, quanto dos Beatles, do Supergrass e das melhores coisas do Oasis. Mas isso é só a ponta do iceberg: quanto mais você ouve o disco, mais mergulha num oceano de referências que pode levar ao Television, The Cure, Smiths, David Bowie, rock brasileiro e gaúcho dos anos 80 e por aí vai. Uma aventura divertida e cheia de pérolas escondidas para qualquer fã de música. Fora isso tudo, Polaris tem um indefectível frescor juvenil universal, uma energia autêntica de corações ainda não contaminada por cinismo e sarcasmo, esses dois venenos que fizeram os anos 90 interessantes, mas também amargos demais. Da mesma forma, os shows da banda fazem um contraponto ao rock da época do Nirvana, quando o público era mais escasso e o underground pouco estruturado. Hoje, a Pública toca para uma audiência considerável em número e em dedicação à banda: os garotos e garotas fiéis que lotam os shows têm as letras na ponta da língua e deixam isso claro a plenos pulmões. Dessa maneira, a Pública monta as bases para uma jornada longa e profunda, com potencial não só pra atingir público em quantidade (o que não depende só deles, mas da gravadora, do contexto atual, de carma), mas também para empurrar as próprias fronteiras musicais. O rock (gaúcho, brasileiro, mundial) agradece. Gustavo “Mini” Bittencourt – vocalista e guitarrista do Walverdes Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.